sábado

Algo desencantado do fundo da gaveta II

Estou cheia. Continua a faltar quem me fará transbordar. Ingrata? Egoísta? Parva? Deprimente... Olhas à volta e vês tudo. Olhas para dentro e vês nada. Fugir? Não fujas, corre! Não és capaz de sair do sítio. Esse leito de sal agrada-te, o teu prazer de não sorrir, o teu prazer de gritar, o teu prazer de agonia. És deprimente. Admite-o. E vive para sempre no teu mar sem ondas e sem barcos e na tua praia com pegadas de ninguém.

Sem comentários: